sábado, 21 de junho de 2008

2º ALBUM - A HISTÓRIA DAS 19 COPAS

A partir de agora você vai acompanhar todos os mundiais de futebol, na série-arquivo "A História de Todas as Copas", dividida em três blocos de sete. Neste 1º bloco, além desta abertura, você terá a seguir um comentário sobre a instiuição do Mundial de futebol; na seqüência , as Cinco Primeiras Copas: de 1930, 34, 38, 50 (realizada no Brasil) e 1954.

sexta-feira, 20 de junho de 2008

RESUMO DE TODOS OS MUNDIAIS
Nos arquivos-permanentes da Revist@-@R, incluimos mais uma importante série que apresenta uma das maiores paixões de quase todos os povos do mundo: o futebol. Esporte que pára países inteiros, quando milhões de pessoas irmanadas passam acompanhar jogos importantes da sua seleção, numa competição que acontece a cada quatro anos. A partir de agora, você pode acompanhar A HISTÓRIA DE TODAS AS COPAS. São 21 matérias sobre os 18 mundiais disputados ao longo de 76 anos, a partir de 1930 no Uruguai, até o mais recente, na Alemanha em 2006, reunindo os principais acontecimentos de cada Copa, que foi conquistada com lágrimas e dedicação. Esperamos que você acompanhe mais esta série-arquivo da Revist@-@R, e possa saboreá-la intensamente. Na história de cada Copa, você encontra fotos históricas, que nos fazem reviver além da história dos mundiais, trechos importantes da História da própria Humanidade!A Copa do Mundo, é um torneio de futebol masculino realizado a cada quatro anos, organizado pela FIFA. Começou em 1930, em Montevidéo no Uruguai, no Estádio Centenário (foto), palco de uma primeira decisão que resultou na conquista do Uruguaia ao derrotar a rival e vizinha Argentina por 4 x 2. No primeiro mundial, não havia torneio eliminatório, e os países foram convidados para o torneio. Nos anos de 1942 e 1946, a Copa deixou de ser realizada devido à Segunda Guerra Mundial. O Brasil possui a seleção com mais títulos mundiais, e é o único pentacampeão, mesmo perdendo o que foi realizado no Brasil em 1950. Por isso, todos os titulos conquistados foram no exterior na seguinte ordem: Suécia, Chile, México, EUA, e Coréia-Japão. É também o único país a ter participado de todas os Campeonatos. A Copa do Mundo é o segundo maior evento esportivo do mundo, ficando atrás apenas dos Jogos Olímpicos de Verão. É realizada a cada quatro anos, tendo sido sediada pela última vez em na Alemanha em 2006, com a Itália sagrando-se campeã, e a França em segundo lugar. O país sede, a Alemanha ficou em terceiro e Portugal em quarto. (Na 2a. foto), o Globo em forma de bola de futebol em Nuremberg, Alemanha, uma promovendo a Copa realizada em 2006. Apenas sete países foram campeões nos 18 Campeonatos disputados de 1930 a 2006. São eles: Brasil (5 Itália (4): 1934, 1938, 1982 e 2006; Alemanha (3): 1954, 1974 e 1990; 4º empatados: Argentina (2): 1978 e 1986 e Uruguai (2): 1930 e 1950* (*Copa realizada no Brasil); Em 5º estão: França (1): 1998; e Inglaterra (1): 1966. Em 2010, o 19º mundial sera realizado pela primeira vez num país da Africa, cabendo o privilégio à África do Sul.

quinta-feira, 19 de junho de 2008

1º MUNDIAL (Uruguai)

URUGAI PROMOVE E VENCE !
Fotos: (1) Os campeões numa montagem, ladeados pela bandeira uruguaia e a Taça Jules Rimet; (2) O Estádio Centenário construido para a 1ª Copa e (3) O quarto gol do Uruguai no jogo final: Uruguai 4 x Argentina 2.






Iniciamos esta série: "HISTÓRIA de TODAS AS COPAS, vamos contar a história do primeiro mundial de futebol, realizado em 1930 no Uruguai, e conquistado com méritos pela melhor seleção da época: a do próprio Uruguai. A escolha do país vizinho, como primeiro promotor de uma Copa do Mundo de Futebol não agradou às principais seleções da Europa, que ameaçavam não disputar a competição na “longínqua” América do Sul. O possível boicote, porém, não intimidou o francês Jules Rimet, então presidente da Federação Internacional de Futebol Associado (Fifa), que garantiu a realização do torneio em solo uruguaio. Para embasar sua decisão, alegava que a Celeste era a atual bicampeã olímpica da modalidade (1924 e 1928), e que, naquele ano, os uruguaios comemorariam o centenário de sua independência. Por isso, preparariam uma grande festa. Das 46 seleções filiadas à Fifa em 1930, apenas 13 desembarcaram em solo uruguaio para participar da primeira Copa. Das seleções européias, apenas participaram: Iugoslávia, França, Romênia e Bélgica - (na época, times de segundo escalão) - que “furaram” o boicote e chegaram ao Uruguai. Os outros nove escretes eram das Américas. Com o boicote, o caminho do Uruguai rumo ao título ficou ainda mais fácil. A Celeste disputou e venceu quatro partidas, marcando 15 gols e sofrendo apenas três. Na final, no dia 31 de julho, bateu a Argentina, por 4x2, no Estádio Centenário, em Montevidéu. Os uruguaios se sagraram os primeiros campeões mundiais de futebol. Coube ao então capitão da Celeste, José Nazassi, levantar a Taça Jules Rimet - uma estátua de 30 centímetros de altura, feita em ouro e pesando quatro quilos, orçada em R$ 42 mil reais (valor atual).Do primeiro Mundial, restou aos brasileiros comemorar o título de defesa menos vazada, com apenas dois gols. De fato, este já foi um grande feito para uma Seleção “rachada” por uma briga política entre paulistas e cariocas. Para a Copa do Uruguai, o técnico Píndaro de Carvalho foi obrigado a convocar apenas jogadores que atuassem em clubes do Rio de Janeiro, deixando aqui, craques como Friedenreich, Feitiço e Del Debio. Cabeça de chave do grupo C, o Brasil estreou em Copas do Mundo com uma derrota para a Iugoslávia, por 2x1. O gol brasileiro foi marcado por Preguinho, que atuava no Fluminense. Na segunda partida, o escrete braileiro já não tinha mais pretensões de classificação às semifinais. E, assim como “quem não quer nada”, goleou a Bolívia, por 4x0. Moderato, do Flamengo, e Preguinho, do Flu, marcaram duas vezes cada. Os brasileiros terminaram o Mundial na modesta 6ª colocação.

quarta-feira, 18 de junho de 2008

2º MUNDIAL (Itália)

ITALIA VENCE A COPA DO FASCISMO





Fotos: (1)- Coliseu símbolo da capital italiana; (2)- Lance da acirrada partida final em que a Italia derrotou a Tchecoslováquia na prorrogação; (3)- O estádio Olimpico de Roma palco da partida final e (4) - A equipe da Italia perfilada, momentos antes de conquistar o seu primeiro titulo mundial.








Principal líder do boicote à primeira Copa do Mundo, a Itália ganhou o direito de sediar a segunda edição da competição. Mais do que um simples torneio futebolístico, era a chance que o ditador Benito Mussolini esperava para promover os ideais fascistas, mostrando ao mundo seus “benefícios”. Neste caso, não bastava realizar um campeonato impecável no quesito organizacional, era preciso que a Azzurra fosse campeã. Na Itália, competiram 32. Ao contrário do primeiro mundial, neste, foram realizadas eliminatórias. A única ausência sentida na Copa de 34 foi a do Uruguai, então atual campeão, que respondeu na mesma “moeda” ao boicote italiano, quatro anos antes. Só brasileiros e argentinos representaram a América do Sul no Mundial de 1934. Os outros “forasteiros” na Copa foram o Egito e os Estados Unidos. Todos quatro disputaram apenas uma partida, perderam e foram eliminados, deixando a briga pelo título para os europeus.O caminho da Itália rumo ao título não foi fácil. Exceto na estréia, quando goleou os Estados Unidos por 7x1, a Azzurra venceu seus jogos pela diferença mínima. Na final, derrotou de virada a Tchecoslováquia, por 2x1, sob os aplausos do ditador Benito Mussolini. Uma Copa que serviu de escola para o Brasil Os brasileiros não aprenderam com os erros cometidos na primeira edição do Mundial e chegaram à Itália novamente “divididos”, depois de uma exaustiva viagem de navio, que durou mais de 15 dias. no qual realizavam seus treinamentos (foto). Antes a briga era entre cariocas e paulistas, desta vez, entre os atletas profissionais e amadores. À época, a Confederação Brasileira de Desportos (CBD) condenava o profissionalismo no futebol, já instalado em São Paulo. Mesmo assim, tentou convencer, mediante o pagamento de “pequenas fortunas”, alguns jogadores paulistas a integrarem o elenco da Seleção. A medida não foi bem aceita entre os atletas amadores. A desorganização na Seleção Brasileira era tanta que havia dois treinadores.O resultado de tanta bagunça não poderia ser outro que não a desclassificação logo na estréia da Copa. O Brasil foi derrotado pela Espanha, por 3x1, e terminou o mundial em 16º lugar. O gol de honra brasileiro foi marcado pelo genial Leônidas da Silva, então jogador do Vasco da Gama.

terça-feira, 17 de junho de 2008

3º MUNDIAL (França)

ITALIA CONQUISTA O BICAMPEONATO






(Fotos: (1)- O Estádio Velodrome em Marselha; (2)- A torre Eiffel, símbolo da França; (3)- O quarto gol da Itália contra a Hungria assinalado por Meazza, e (4)- A comemoração da seleção italiana, ostentando pela segunda vez a Jules Rimet)






Em meio aos movimentos iniciais da Segunda Guerra Mundial, a terceira edição da Copa do Mundo foi realizada em 1938, na França, país natal do idealizador da competição, Jules Rimet. A tensão política era nítida e se refletia nas arquibancadas, com constantes manifestações contra o fascismo e o nazismo. Devido aos primeiros confrontos, Áustria e Espanha, que haviam se classificado, desistiram de participar do torneio.Outra ausência bastante sentida foi a das seleções sul-americanas, que decidiram boicotar o Mundial, pois achavam que a Copa deveria ser realizada na Argentina. A única excessão foi o Brasil, que disputou a Copa do Mundo desacreditado, principalmente após os fracassos nas duas primeiras edições da competição.O Brasil mais organizada fora de campo e sem desfalques por brigas bairristas, acabou surpreendendo e terminou o Mundial na terceira colocação, após bater a Suécia, na decisão pelo bronze, por 4x2. Para muitos, o Brasil só não disputou o título por excesso de confiança.Na semifinal contra a Itália, o técnico brasileiro, Adhemar Pimenta, cometeu o mais grave dos erros ao deixar o craque Leônidas da Silva, artilheiro do torneio com oito gols, no banco de reservas. “Ele está sendo poupado para a grande final”, disse o treinador, antes da eliminação brasileira. Melhor então para a Squadra Azzurra, que venceu os brasileiros, por 2x1, e se classificou para a decisão. Conquistar o bicampeonato mundial era novamente questão de honra para o regime do ditador Benito Mussolini. A vitória na final sobre a Hungria, por 4x2, garantiu o título. Na comemoração, os jogadores da Itália levantaram o braço direito em referência a saudação fascista, sob as vaias dos torcedores franceses. Além do Brasil, outras duas seleções fora do eixo europeu disputaram aquele Mundial e ambas debutavam no torneio: Cuba e Índias Holandesas (atual Indonésia), que representavam América Central e Ásia, respectivamente, foram eliminadas na primeira fase. Com a segunda Guerra Mundial, a Copa deixou de ser disputada durante 12 anos, só voltando a ser disputada no Brasil em 1950.

segunda-feira, 16 de junho de 2008

4º MUNDIAL (Brasil)

URUGUAI DERROTA BRASIL EM PLENO MARACANÃ






Fotos da maior decepção na história da Seleção Brasileira: Foto (1) O Rio de Janeiro (cidade maravilhosa, à época capital do Brasil, teve o privilégio de sediar quase todos os jogos da nossa seleção; (2) O Maracanã foi o palco da grande decepção: 200 mil brasileiros chorando copiosamente; (3) Este é o famoso segundo gol de Giggia que liquidou com com a festa brasileira e deixou um exemplo: "Ninguém vence na véspera"; e (4) Uma montagem da foto do gol decisivo dando ênfase a grande conquista dos nossos vizinhos orientais.




Talvez, a derrota de virada Uruguaia, por 2x1, em pleno Maracanã, na final do Mundial de 1950, seja a maior tragédia do futebol brasileiro. Naquele 16 de julho, tudo estava a favor do Brasil: A Seleção atuava em casa, apoiada por mais de 200 mil torcedores, e para conquistar o título bastava um simples empate. Mas quiseram os “deuses do futebol” que Ghiggia marcasse o segundo gol uruguaio aos 34 minutos do segundo tempo, selando a vitória Celeste. O lance até hoje gera a polêmica sobre uma eventual falha do goleiro Barbosa. O fato é que os brasileiros procuram uma resposta para aquele fracasso. Procura essa, que perdurou, até recentemente, quando Barbosa faleceu na miséria, na cidade de Praia Grande-SP. A escolha do Brasil como sede da Copa do Mundo aconteceu em 1946, após uma reunião realizada em Luxemburgo. Os dirigentes da Fifa levaram em conta o fato do País não ter sido diretamente atingido pela Segunda Guerra Mundial. No encontro, também ficou definido que o troféu do torneio se chamaria, dali em diante, Taça Jules Rimet, em homenagem ao presidente da entidade, pelo esforço que fez para manter vivo o espírito do futebol durante a 2a. Guerra Mundial. Para sediar o Mundial, o Brasil decidiu construir seu “santuário”: o Maracanã, um estádio com capacidade para 220 mil torcedores. As obras duraram quase dois anos. A inauguração aconteceu em 24 de junho de 1950, quando a Seleção estreou na Copa, derrotando o México, por 4x0. Cerca de 80 mil torcedores viram Ademir (2), Jair e Baltazar marcarem os gols brasileiros. Além do México, o Brasil encarou outras duas seleções na primeira fase: empatou com a Suíça, em 2x2 no Pacaembú em São Paulo, aliás, único jogo fora do Maracanã, e voltou a vencer desta feita a Iugoslávia, por 2x0. Com estes resultados, garantiu vaga no quadrangular final da Copa do Mundo, ao lado de Suécia, Espanha e Uruguai. Duas goleadas na abertura da fase final da Copa do Mundo empolgaram o torcedor brasileiro. Depois de enfiar 7x1 na Suécia e 6x1 na Espanha, o Brasil precisava de apenas um empate diante dos uruguaios para garantir o seu primeiro título mundial. Parecia tudo muito fácil. Mas aquele gol de Ghiggia colocou fim ao sonho de milhões de brasileiros. O clima de perplexidade era tanto no Estádio do Maracanã, que as autoridades brasileiras até mesmo esqueceram de entregar a taça aos campeões. Foi preciso que o presidente da Fifa, Jules Rimet, descesse ao gramado para dar prosseguimento à cerimônia que coroava o bicampeão Uruguai.

domingo, 15 de junho de 2008

5º MUNDIAL (Suiça)

ALEMANHA TIRA O TITULO DA MELHOR SELEÇÃO







Fotos: (1)- Uma cidade típica da Suiça: (2) O estádio de Zurich local da decisão, na qual o time da Hungria que maravilhou o mundo é batido pela estratégia alemã: (3) Puskas (grande craque do futebol mundial) lidera à esquerda a entrada da Seleção da Hungria, ladeada pela Alemanha: e (4) O 3º gol que assegurou o titulo à Alemanha ao derrotar de virada os Hungaros por 3 a 2.





Assim como há quatro anos, o país sede da Copa do Mundo de 1954, foi escolhido por razões políticas, ainda em clima tenso de pós-guerra. Neutra durante o confronto, a Suíça ganhou o direito de realizar o Mundial. A quinta edição do torneio ficou marcada pelo excessivo número de gols, 143 em 26 partidas, média de 5,3 tentos por jogo (a maior até hoje), e por mais uma injustiça futebolística, a super favorita Hungria sucumbiu na decisão ao pragmatismo da fraca Alemanha e deixou escapar um título que já lhe parecia nas mãos.Para os brasileiros, a Copa do Mundo de 1954, na Suíça, ficou marcada pela cor amarela no uniforme da Seleção, em substituição as camisas brancas – para os supersticiosos, elas foram às culpadas pelo fracasso no Mundial anterior, quando o Brasil perdeu o título para o Uruguai, em pleno Maracanã. Mas não foi desta vez que a amarelinha seria “suficiente” para levantar a taça, e a Seleção esbarrou no poderio húngaro, ainda nas quartas-de-final. Antes, os brasileiros haviam eliminado México e Iugoslávia na primeira fase, ao venceram por 5x0 e empatarem em 1x1, respectivamente.Comandada pelos craques Puskas, Kocsis e Czibor, a Hungria arrasou na primeira fase da Copa, ao golear Coréia do Sul e a própria Alemanha, esta por humilhantes 8x3. Nas quartas-de-final, haviam de encarar a Seleção Brasileira. Para esta partida, o termo batalha é ideal. Dentro de campo, 4x2 para os húngaros. Fora, uma pancadaria generalizada entre as duas delegações. O confronto ficou conhecido como “A Batalha de Berna”, em referência ao nome da cidade suiça. Antes de chegar à final com os alemães, a Hungria ainda precisou passar pelo Uruguai. Na decisão, nada parecia capaz de deter os húngaros, que com oito minutos de jogo já venciam por 2x0, gols de Puskas e Czibor. A Alemanha teve forças de empatar ainda no primeiro tempo. Mas a maior surpresa estava reservada para os 39 minutos da etapa final, quando Rahn virou o placar, 3x2, e garantiu o primeiro título alemão da Copa do Mundo de 1954. O Brasil encerrou a sua participação classificado em 6º lugar.
Acesse "postagens mais antigas" e acompanhe no 2º Bloco os mundiais de 1958, 62, 66, 70, 74, 78 e 82...

sábado, 14 de junho de 2008

6º MUNDIAL (Suécia)

O PRIMEIRO DE CINCO NUNDIAIS







Fotos: (1)- Estádio de Rasunda, local da nossa vitória em Estocolmo; (2) Uma vista da capital sueca; (3) - Comemoração dos nossos jogadores após o quinto gol e (4) A Seleção Brasileira, campeã mundial .






Há 50 anos na Suécia, no dia 29 de junho de 1958 (dia de São Pedro), o Brasil conquistava o seu primeiro mundial, e o mundo via desabrochar o um time de craques e o maior jogador de futebol de todos os tempos: Pelé. Um garoto franzino, de apenas 17 anos, que encantou o público europeu com jogadas mágicas. Durante o torneio, Pelé marcou seis gols, dois deles na vitória sobre a própria Suécia na decisão que garantiu ao Brasil seu primeiro título mundial. Na conquista na Suécia destacaram-se também, Didi, Nilton Santos, Zito, Gilmar, Vavá...e Garrincha, que “entortou” os europeus. Com eles, os brasileiros conseguiram exorcizar seu complexo de “vira-latas”.Jovens promessas, Pelé e Garrincha começaram o Mundial de 1958 no banco de reservas. Os dois viram o Brasil vencer a Áustria, na estréia por 3x0, e empatar sem gols na seqüência com a Inglaterra. A classificação às quartas-de-final estava na dependericia de uma vitória sobre a União Soviética. Pressionado, o técnico Vicente Feola decidiu fazer duas alterações para esta partida: era a vez de colocar em campo os “meninos”. Comenta-se que os jogadores mais experientes da delegação brasileira, como Bellini, Nilton Santos e Didi, haviam liderado uma “rebelião” interna para obrigar o técnico Vicente Feola a escalar os dois jovens craques. O fato é que, com Pelé e Garrincha, o Brasil passou pela URSS (atual Rússia) por 2x0, gols de Vavá, e se classificou. Nas quartas-de-final, o Brasil quase para na retranca do País de Gales. Mas em uma jogada genial de Pelé, aos 28 minutos do segundo tempo, o Brasil fez 1x0 e garantiu sua classificação. Este foi o primeiro gol do “Atleta do Século” em Mundiais. A forte seleção francesa seria a adversária nas semifinais. A preocupação brasileira respondia pelo nome de Just Fontaine, atacante francês, que terminou a competição como artilheiro, com 13 gols (melhor marca até hoje). Mas a força que a França tinha no ataque, se contrapunha à fragilidade de sua defesa, a mais vazada do torneio. Com Pelé inspirado - fasssinalou três gols -, o Brasil goleou por 5x2. Vavá e Didi completaram o placar .Na decisão, a Seleção Brasileira teria pela frente o pragmático time da Suécia, mas que havia de ser respeitado por jogar em casa. Os suecos, inclusive, saíram na frente, logo aos quatro minutos de jogo. Mas seria muita injustiça dos “deuses do futebol” deixar uma equipe com Pelé e Garrincha sem o título. No fim, o Brasil impôs outra goleada por 5x2, gols de Pelé (2), Vavá (2) e Zagallo, e comemorou sua primeira conquista de Mundial. Coube ao então capitão Bellini levantar o Troféu Jules Rimet.

sexta-feira, 13 de junho de 2008

7º MUNDIAL (Chile)

  BRASIL cruza os Andes para ser bi







Fotos: (1)- Asa do avião da extinta Panair do Brasil, cruzando as cordilheiras dos Andes, conduzindo nossa delegação rumo ao bi; (2)- O Estádio Nacional de Santiago; (3) A seleção brasileira bicampeã; (4) O Capitão Mauro Ramos de Oliveira, que ergueu a taça a Jules Rimet em Santiago, na chegada triunfal aTV Record de São Paulo, tendo à sua esquerda:Didi, Djalma Santos (encoberto pela taça, e Belini o nosso primeiro capitão; (5) Após 45 anos estive pisando o gramado do Estádio Nacional, para reviver a emoção do nosso bicampeonato!
Depois de 12 anos, a Copa do Mundo voltou a ser realizada em teritório sulamericano, mas a escolha do Chile como sede gerou polêmica. Além da alegação de que o país não tinha a infra-estrutura necessária para sediar o torneio, teve mais dois sérios agravantes: um devastador terremoto atingiu a nação chilena no dia 21 de maio de 1960, dois anos antes da realização da sétima edição da Copa, e o mundo assistia ao auge da Guerra Fria. Mesmo assim, 56 seleções decidiram participar das Eliminatórias, um recorde até então. Apesar de tantos pontos negativos, a Federação Internacional de Futebol Associados (Fifa) suportou a pressão e garantiu a realização da competição em solo chileno.Pela primeira vez na história, o Brasil chegou a uma Copa do Mundo rotulado como favorito. Isto porque a Seleção Brasileira havia mantido a base do escrete campeão mundial quatro anos antes. Fora do campo, o País vivia uma conturbada crise política, que culminpu com a ditadura militar.Na estréia, a Seleção passou fácil pelo México, 2x0, gols de Zagallo e Pelé. Mas no confronto contra a Tchecoslováquia, um decepcionante empate em 0x0, e o pior, o Brasil viu seu principal jogador deixar o gramado, aos 28 minutos do primeiro tempo, com uma lesão muscular. Pelé não voltaria a atuar naquele Mundial. Amarildo, então jogador do Botafogo, entrou no time e se saiu muito bem. Mas coube ao “Anjo de Pernas Tortas” assumir a “coroa do Rei”. E superando a sua enorme categoria,Garrincha comandou o escrete canarinho. Após a conquista do bi, Mané Garrincha foi escolhido pela comissão organizadora do torneio como o melhor jogador daquele Mundial.Na primeira partida sem Pelé (primeira fase da Copa), o Brasil passou apertado pela Espanha, 2x1, resultado que garantiu a classificação brasileira. Neste jogo, além da arbitragem ter prejudicado a Espanha, Garrincha armou as duas jogadas para os gols de Amarildo. O Mané voltaria a aparecer decisivamente nas quartas-de-final, na vitória sobre a Inglaterra, por 3x1, ao fazer dois gols. O outro foi de Vavá. A dupla Garrincha e Vavá estava afiada e voltaria a aparecer nas semifinais. Na vitória sobre o Chile, por 4x2, cada um deles marcou dois gols, classificando o Brasil para sua terceira decisão de Mundial - já havia disputado em 1950 e 1958.O último obstáculo brasileiro antes do bicampeonato era a Tchecoslováquia, considerada uma “zebra” no torneio. Os tchecos até assustaram, quando abriram o placar nos primeiros minutos do jogo, mas com gols de Amarildo, Zito e Vavá, o Brasil venceu de virada, por 3x1, e comemorou o bicampeonato.

quinta-feira, 12 de junho de 2008

8º MUNDIAL (Inglaterra)

INGLATERRA CAMPEÃ CHARMOSA, MAS SEM BRILHO








Fotos: (1) Depois de um empate de 2 a 2, no tempo normal, os donos da casa fizeram mais dois gols e chegaram ao placar definitivo de 4 a 2, incluindo este gol, que provocou a prorrogação. Até hoje, nem este repórter que estava há poucos metros do lance, e nem mesmo o videoteipe podem confirmar se a decisão do árbitro foi correta. Certeza mesmo, é que essa decisão acabou salvando o English Team!; (2) Momento solene em que o capitão Bobby Moore, recebe das mãos da Rainha Elizabeth II a Taça Jules Rimet; (3) O ex-templo do futebol mundial, o Estádio de Wembley, recentemente demolido; e (4)  A Casa do Parlamento e o Big Ben. Em 2000, eu o Lincoln, amistoso INGXBRA, jogo que faltou em 66.
A Copa da Inglaterra, país coniderado o  ainventor do futebol foi disputado por 16 seleções, mas ficou manchado pelo baixo nível técnico, pela violência em campo e pela suspeita de que a arbitragem favoreceu aos ingleses, que se sagraram campeões mundiais, após uma “ajudinha” do árbitro Gottfried Dienst, da Suíça, na decisão contra a Alemanha.Na Inglaterra, o Brasil fez sua segunda pior campanha na história dos Mundiais. Com um time formado a base de veteranos de 1958 e 1962, a Seleção terminou eliminada ainda na primeira fase, terminando em 11ª colocação – em 1934, havia sido
pior: em 14º.Com seus dois “imortais” em campo, o Brasil estreou vencendo a Bulgária, por 2x0, com gols deles: Pelé e Garrincha. Após a partida, os brasileiros lamentaram a violência dos búlgaros, que tiraram o “Rei” do jogo e do confronto contra a Hungria, pela segunda rodada da primeira fase.Pelé fez falta diante dos húngaros, que venceram por 3x1. O gol brasileiro foi marcado pelo franzino Tostão, que disputava sua primeira Copa. O placar foi o mesmo da derrota para Portugal, que selou a eliminação brasileira. Contra os lusos, o “Rei” estava de volta ao time, mas foi novamente “caçado impediosamente” em campo e pouco pôde fazer. Rildo foi o autor do último tento verde-amarelo no Mundial de 1966.Portugal, que eliminou o Brasil, foi a sensação do Mundial. Em sua estréia em Copas, os portugueses terminaram na terceira colocação - foram eliminados na semifinal pelos ingleses. Restou aos lusos, o título de melhor ataque do torneio: 15 gols, e o artilheiro da competição: Eusébio, que balançou as redes nove vezes.A Inglaterra, que viria a sagrar-se campeã mundial, tinha um time pragmático e fraco tecnicamente, mas contou com o apoio de sua torcida e com uma arbitragem tendenciosa para chegar ao título. Vitórias “magras” marcaram a campanha dos ingleses até a final. A decisão frente à Alemanha foi bastante equilibrada. No tempo normal, a partida terminou empatada em 2x2 e foi à prorrogação. Aos 11 minutos do tempo extra, aconteceu os lance mais polêmico de todas as Copas: o atacante inglês Hurst chutou, a bola bateu no travessão e caiu sobre a linha. Para desespero dos alemães, o árbitro suíço Gottfried Dienst confirmou o gol inexistente. O próprio Hurst ainda viria a marcar mais uma vez naquele tempo extra, fechando a decisão em 4x2 para a Inglaterra. Coube ao capitão Bobby Moore receber o troféu das mãos da Rainha Elizabeth II.

quarta-feira, 11 de junho de 2008

9º MUNDIAL (México)

TRI, PARA A MELHOR SELEÇÃO BRASILEIRA !







Fotos (1) O festivo Estádio Azteca no tarde em que o Brasil conquistou o tri; (2) O símbolo do México: A pirâmide de Yucatan, recentemente eleita entre as sete maravilhas do Mundo Moderno - (3) A melhor seleção brasileira de todos os tempos; e (4) - O quarto gol do Brasil (marcado pelo capitão Carlos Alberto) fechando a goleada de 4 a 2.







Houve quatro ganhadores na Copa do Mundo-FIFA de 1970: 1- Os brasileiros, por vencerem pela terceira vez, repetirndo 58 e 62; 2- O rei Pelé, pelas jogadas espetaculares que ficarão na história das Copas; 3- O próprio futebol, pela qualidade de algumas partidas e a vibração do torcedor mexicano e os torcedores que tinham ficado decepcionados com o baixo índice técnico da Copa de 1966, incluindo o "fair-play" dos nossos irmãos portugueses que jogaram contra o Brasil com uma única´preocupação aplicar a caça para tirar Pelé da Copa. E conseguiram. Na Copa do México ressurgiu o verdadeiro futebol arte. Quatro das melhores partidas de todos os tempos foram disputadas naquele ano: Inglaterra x Brasil, Inglaterra x Alemanha, a semifinal Itália x Alemanha, e a grande final: Brasil x Itália. Nessa decisão, os brasileiros, com a melhor equipe de todos os tempos, venceram por 4 a 2, conquistando Copa Jules Rimet em definitivo, contando com um ataque invejável formado por Jairzinho, Tostão, Pelé e Rivelino. Nesta nona Copa, o número de nações participantes bateu um novo recorde: 75 seleções disputaram as eliminatórias, e muitas seleções tradicionais foram eliminadas, entre elas: Portugal, Hungria, França, Espanha e Argentina. No entanto, Israel e Marrocos fizeram suas estréias. A copa do México teve uma das mais disputadas semifinais de sua história: Itália x Alemanha, disputaram uma partida eletrizantes. Após os 90 minutos, o resultado ficou em 1 a 1. O que aconteceu na prorrogação entrou para a história do futebol: Os dois times ficaram à frente no placar em diferentes momentos, numa luta de gigantes. Franz Beckenbauer permaneceu em campo mesmo com o ombro deslocado e com uma tipóia amarrada no braço. Sua bravura, porém, não foi suficiente, e os italianos ao virarem o jogo (4 a 3), garantiram presença na grande final. Essa partida desgastou muito a Squadra Azzurra, que só conseguiu equilibrar o primeiro tempo, no jogo contra o Brasil. Na etapa derradeira os italianos não conseguiram suportar a qualidade superior e o excelente preparo físico dos brasileiros, e acabaram sucumbindo pelo placar elástico de 4 a 1. Após o apito do árbitro, Carlos Alberto, capitão do Brasil, subiu ao pódio para receber a taça Jules Rimet. Pelé, com lágrimas nos olhos, foi triunfalmente carregado nos ombros de seus companheiros. Ele não só conquistou sua terceira medalha mundial, mas também disputou sua última partida em uma Copa. Os quatro primeiros classificados: Campeão: Brasil; vice-campeã: Itália, em 3º Alemanha Ocidental, e em 4º Uruguai.

terça-feira, 10 de junho de 2008

10º MUNDIAL (Alemanha OC)

CARROSSEL HOLANDÊS SE RENDE AO FUTEBOL FORÇA







Fotos: (1)- O hoje extinto Estádio Olímpico de Munique, que presenciou a decisão da Copa-74, (2) Um dos símbolos da bela Alemanha, o Castelo Neuschwanstein; (3) O gol que deu o título a Alemanha, ao vencer a Holanda por 2 x 1; (4) O impecável capitão alemão, Franz Beckenbauer ergue o novo troféu FIFA, que substitui a Jules Rimet, ganha em definitovo pelo Brasil ao conquistar tricampeão em 1970 no México.






Nem mesmo a derrota na decisão, ofuscou o brilho da Holanda no Mundial de 74. Em sua segunda participação em Copas,a Laranja Mecânica encantou os amantes do futebol com um esquema tático moderno, no qual nenhum jogador tinha posição fixa. implantado pelo lendário técnico Rinus Michels. O sistema ganhou o nome de “Carrossel Holandês”. A derrota na decisão do Mundial para os anfitriões alemães por 2x1, impediu que craques do quilate de Johan Cruyff, Neeskens, Rep e Rensenbrink se sagrassem merecidamente campeões mundiais. Pior: o insucesso diante do pragmatismo da Alemanha Ocidental colocou em xeque a competitividade do futebol arte praticado pelos holandeses. A Copa de 1974 teve um sistema de disputa diferente, com a primeira e a segunda fase sendo realizada no formato de quadrangulares. Esta não foi a única novidade daquele Mundial. O troféu a ser entregue ao campeão, não seria mais a Jules Rimet (conquistado definitivamente pelo Brasil em 1970), e sim o “Copa do Mundo da Fifa”, uma estatueta de 37 cm, esculpida em ouro pelo artista italiano Silvio Gazzaniga e orçada em R$ 157 mil (valor atual).Outra mudança daquele Mundial aconteceu no comando da Federação Internacional de Futebol Associados (Fifa). O brasileiro João Havelange havia assumido a presidência em 1974, tornando-se o primeiro não-europeu a ocupar o cargo. Enquanto um brasileiro comandava o futebol mundial, a Seleção decepcionava em campos alemães, Mesmo chegando ao torneio com status de favorita ao título, sob o comando de Zagallo, o escrete canarinho terminou a Copa na quarta colocação. Na primeira fase, o Brasil sofreu para se classificar, o que só aconteceu na última rodada, quando venceu o Zaire, único representante africano naquela competição, por 3x0, com gols de Jairzinho, Rivellino e Valdomiro. Antes havia empatado sem gols com Iugoslávia e Escócia. As vitórias sobre Alemanha Oriental (1x0) e Argentina (2x1) deram a falsa impressão de que o Brasil poderia brigar novamente pelo título. Mas antes precisaria passar pela poderosa Holanda, o que não aconteceu. A Seleção perdeu por 2x0. Restou então a disputa do terceiro lugar com a Polônia, que impôs mais uma derrota a nossa seleção por 1x0, classificando-a em 4º lugar. A decisão do Mundial-74 colocou frente a frente duas escolas de futebol: a da Holanda, que prezava pelo dinamismo de seu “Carrossel”, e a da Alemanha, que acreditava na obediência tática e na força física para conquistar títulos. Naquele jogo, os alemães, que venceram de virada, por 2x1, sagrando-se bicampeões em Munique, diante de sua torcida.